Fala que o homem evoluiu do
macaco, porém poucas pessoas realmente conhecem essa
teoria e suas bases a fundo.
A teoria da evolução ensina que, com o passar do tempo, os seres se adaptam ao ambiente em que vivem, sempre evoluindo. E os que não se adaptam rápido o bastante simplesmente somem. Por isso, acredita-se que no passado o homem e outros primatas tiveram um ancestral em comum e, devido às intempéries da vida, as duas raças se separaram. Cada uma seguiu seu caminho evolutivo, até os dias de hoje. E tudo começa...
Sahelanthropus tchadensis
Há cerca de 5,4
milhões de anos começou nossa separação em relação aos grandes primatas e
muitos pesquisadores acreditam que o S. tchadensis seria o
“elo inicial” deste processo. Em 2001, foi encontrado no Deserto de Djurab
(República do Chade) um crânio fragmentado que supostamente era de um S.
tchadensis e, ao analisar a parte do crânio que se conectava ao
pescoço, imagina-se que o animal era bípede.
Contudo,
há quem acredite que não se tratava de um elo evolutivo, pois a caixa craniana
era menor (350 cm³) do que a dos chimpanzés (390 cm³). Outros argumentam que o
crânio era distorcido demais para ser de uma espécie mais próxima dos humanos
do que dos grandes primatas.
Kenyanthropus platyops
Foi encontrado no Lago Turkana (Quênia) em 1999 um
crânio capaz de suportar um cérebro um pouco maior (400 cm³) que o dos
chimpanzés, e com dentes que indicavam mastigação dos alimentos. Outra
diferença doK. platyops era sua face mais achatada, possível sinal de
adaptação a novos ambientes.
Australopithecus afarensis
Uma descoberta
feita em Hadar (Etiópia) em 1974 ganhou destaque em veículos de comunicação do
mundo todo: 40% (uma porcentagem considerável) do esqueleto de uma criatura que
foi carinhosamente apelidada de “Lucy”. A anatomia sugere que Lucy tinha cerca
de 1 metro de altura e pesava 30 kg, era bípede, passava o dia em terra e
dormia sobre as árvores.
Outro esqueleto
de A. afarensis,
que ficou conhecido como “Selam”, sugere que a criatura tinha um cérebro de
cerca de 440 cm³. Além do tamanho, outro diferencial seria um sulco dividindo o
lobo occipital (ligado à visão) do resto do cérebro, presente em chimpanzés,
mas não em humanos: o de Selam, de acordo com modelos baseados em seu
esqueleto, seria menor do que o dos chimpanzés, um “passo” na escala evolutiva.
Paranthropus boisei
Criatura bípede e com
um cérebro de 500 a 550 cm³ (44% do de um ser humano), o P. boisei ganhou o
apelido de “Quebra-nozes” (“Nutcracker Man”) porque seria capaz de comer
alimentos duros, como nozes, sementes e tubérculos (dentes grandes e maxilares
fortes davam conta do recado).
Homo
habilis
O H. habilis, até onde sabemos, foi o primeiro entre nossos
ancestrais a usar pedras como ferramentas, e por isso é também chamado de
“Handyman” (em português, algo como “Faz-tudo”). Seus polegares eram
relativamente largos, o que garantia uma certa destreza na hora de criar e usar
ferramentas. Além disso, ele teria vivido em uma época de intensas mudanças
climáticas (em “apenas” alguns milhares de anos, lagos se tornavam desertos, e
depois voltavam a ser inundados), algo que o forçou a se adaptar muito para
sobreviver.
Homo ergaster
Em relação ao tamanho do cérebro, o H. ergaster estava
“chegando lá” (850 cm³, ou 71% do tamanho do cérebro humano moderno) e pode ter
sido a primeira espécie a dominar o fogo, além de criar instrumentos de pedra
mais sofisticados. Ao contrário do que ocorria nas espécies anteriores, macho e
fêmea não eram muito diferentes (havia menos “dimorfismo sexual”) e há
evidências de que o H. ergaster tinha uma forma
primitiva de comunicação por símbolos.
Homo
erectus
Em 1984, foi
encontrado próximo ao Lago Turkana (Quênia) o esqueleto de um “menino” (entre 8
e 11 anos de idade) da raça H. erectus, que dominava o
fogo, construía ferramentas e vivia em pequenas comunidades – ao abandonar a
vida nas árvores, esses ancestrais precisavam manter predadores afastados, algo
que seria mais fácil com a vida comunitária.
O cérebro do
“Menino de Turkana” tinha 900 cm³ (75% do tamanho do cérebro de um ser humano
moderno) e há evidências de que possuía uma área de memória e fala altamente
desenvolvida. Um cérebro maior demandava mais energia, um problema com o qual
o H. erectus podia
lidar com certa facilidade: caminhando sobre duas pernas e com menos pelos no
corpo, ele era capaz de caçar certos animais de modo eficiente, obtendo na carne
a energia de que precisava.
Homo heidelbergensis
Há evidências de
que o H. heidelbergensis enterrava seus mortos de modo ritualístico
(uma espécie de cemitério no norte da Espanha reúne vários restos mortais da espécie),
possivelmente com oferendas para um deus ou para ajudar o morto numa “vida
além-túmulo”.
Possivelmente, esse
ancestral tinha um cérebro maior que o nosso (1.100 a 1.400 cm³), era capaz de
planejar, se comunicar de modo simbólico e construir abrigos elaborados.
Algumas tribos teriam viajado para o continente europeu (entre 300 mil e 400
mil anos atrás) e evoluído para oHomo neanderthalensis, enquanto as que
permaneceram na África deram origem ao Homo Sapiens.
Homo neanderthalensis
Mesmo com um cérebro maior que o do Homo Sapiens, o H.
neanderthalensis teria habilidade de manipular objetos, raciocínio e
memória menos desenvolvidos. Suas armas (facas e lanças) exigiam que se
aproximassem de suas presas, o que explicaria por que tantos esqueletos da
espécie foram encontrados com fraturas. Sua dieta era extremamente rica em
carne, independentemente do ambiente em que a espécie se encontrava, o que
sugere uma baixa capacidade de adaptação.
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