sábado, 23 de novembro de 2013
CURIOSIDADE
RH.
Somos um jovem casal que pretende constituir família. O grupo sanguíneo dela é 0 Rh negativo enquanto que eu sou 0 Rh positivo.
Quais são os riscos que esta situação trás à gravidez e como é possível ultrapassá-los? Em que medida é que esta situação poderá limitar o número de filhos que desejarmos ter?
RESPOSTA:Só existe perigo de complicações para o bebé no caso da mãe ser rh negativo e o pai rh positivo, e a mãe já ter tido um filho rh positivo (ou ter abortado e o feto ser rh positivo). O tipo A, B, AB ou O não tem interesse para o caso.
No caso de se verificar a situação acima exposta, a mãe deve ser vacinada na altura do primeiro parto (ou aborto) e/ou então cerca da 28ª semana da segunda gravidez, que é quando existe risco. Em caso de dúvida, pode-se pedir um teste de Coombs para saber se uma mãe rh negativa já foi alguma vez imunizada contra o factor rh (positivo é quem tem esse factor e negativo é quem não o tem) e se criou anticorpos que numa posterior gravidez podem atacar o sangue do bebé.
CURIOSIDADE
Compatibilidade no Grupo Sanguineo
O meu grupo sanguineo é O RH+ e o grupo sanguineo da minha esposa é O RH-, gostaria de saber se os nossos grupos sanguineos são compativeis? Haverá algum risco para um futuro bebe?
RESPOSTA:
No vosso caso pode de facto haver necessidade de fazer um tratamento preventivo, uma vez que se o futuro bebé for RH + pode fazer com que se criem anticorpos anti-RH no sangue da sua mulher (por ela ser RH negativa), e isso causar problemas numa gravidez seguinte. No entanto é uma situação que se controla facilmente, apenas devendo ser mencionada ao médico a fim de ser feita uma "vacina" atempadamente (já depois de iniciada a gravidez).
Experiência
Tema: Determinação do tipo sanguíneo segundo sistema ABO e Rh.
Material: Lanceta, lâmina, soro anti-A, anti-B e anti-Rh, álcool e algodão.
Procedimento:
1. Passe um algodão com álcool na parte interna do dedo mínimo da mão esquerda do paciente.
2. Com a lanceta pique a polpa interna da falange do dedo mínimo, próximo ao ângulo da região da raiz da unha.
3. Espere sangrar. Despreze a primeira gota de sangue, limpando com um algodão seco.
4. Formada nova gota, encoste-a na lâmina, recolhendo-a.
5. Faça 2 gotas numa lâmina e uma gota numa 2ª lâmina.
6. Na lâmina com 2 gotas de sangue, pingue em uma delas o soro anti A e na outra o anti B. Na lâmina com uma gota de sangue pingue o anti Rh.
7. Misture soro e sangue com um canto de uma outra lâmina limpa.
8. Verifique em quais delas houve aglutinação. No resultado, está o tipo de sangue da pessoa.
9. Testes negativos devem ser observados por mais de 2 minutos para certeza da resposta.
Grupos ABO e Rhesus (D)
Fenótipos Rh :
Configuração
Subgrupos Rh+K
(com anticorpos de origem humana)
C c E e K ctl
DiaClon Subgrupos Rh+K
(com anticorpos monoclonais)
C c E e K ctl
Subgrupos Rh+Cw+K
(com anticorpos de origem humana)
C Cw c E e K
Rh(D)+Fenotipo
(com anticorpos de origem humana)
C c D E e ctl
Reagentes de Tipagem Sanguíneos
Produto
Anti - D
Monoclonal (Blended), este reagente é uma mistura matemática de anticorpos IgG/IgM. Ele irá aglutinar todas as células vermelhas fracas (D1) e irá detectar a categoria D das células vermelhas VI.
O Anti-D IgM monoclonal é derivado do clone Th28 e o Anti-D IgG monoclonal é derivado do clone MS26.
- O componente Anti-D IgM monoclonal causará aglutinação direta das hemácias que têm o antígeno D e a maioria das variantes Du.
- O componente anti-D IgG monoclonal aglutinará as baixas expressões de Du através do teste de
Características Básicas
Anticorpos
- Mistura de Anti-D (Rho) IgM (monoclonais) + Anti-D (Rho) IgG (monoclonais).
Especificidade
- Detecta os fracos fenótipos Du, incluindo D categoria VI, quando usado pelo método de antiglobulina indireto. Devido à baixa concentração protéica, requer somente uma lavagem prévia para adição de antiglobulina. Geralmente as reações com amostras Du são fortes.
Reprodutividade
- Não Existe variação de lote para lote ou de frasco para frasco.
Sensibilidade
- Alta sensibilidade detectando pequenas quantidades de expressões antigênicas e permite segurança quanto à identificação em número de cruzes ex.: 4(++++) 3(+++) 2(++) 1(+).
Avidez
- Maior rapidez na leitura.
Economia
- O soro Anti-D (Rho) EBRAM contém anticorpos alta-mente específicos que diminuem a quantidade de Du, economizando reagente e tempo.
Controle Rh
O controle Rh é produzido a partir de albumina bovina, soro humano normal do grupo AB e demais substâncias químicas, nas mesmas concentrações empregadas na fabricação do diluente utilizado nos soros classificadores albumínicos Anti-Rh ou anti-Hr.
Características Básicas
O controle Rh é destinado ao controle de qualidade das classificações Rh ou Hr com soros albumínicos, revelando a possibilidade de reações com resultados falso-positivos.
O controle Rh deve ser utilizado paralelamente a cada classificação Rh ou Hr com soros classificadores albumínicos, através da mesma técnica empregada para estes soros.
Fator Rh
Em 1940, Landsteiner e Wiener descobriram um outro sistema de grupos
sangüíneos, a partir do sangue do macaco Rhevus (Macaca mulatta). O sangue desse macaco, uma vez injetado em cobaias ou em coelhos, provocava nesses animais a síntese de anticorpos que podiam promover a aglutinação do sangue doado.
Esse fato levou à conclusão de que o sangue do macaco continha um antígeno, que foi denominado fator Rh ou fator Rhesus. Os anticorpos produzidos pelos animais receptores foram denominados aglutinas antiRH.
O Rh+ e o Rh-
Os descobridores do fator Rh, Landsteiner e Wiener, extraíram de cobaias e coelhos soros contendo aglutininas anti-Rh. Em seguida, misturaram o soro com sangue de pessoas diversas. Constataram que, em alguns casos, as hemácias se aglutinavam, indicando a presença do fator Rh no sangue humano: essas pessoas foram denominadas Rh+. Em outros casos, as hemácias não se aglutinavam, indicando a ausência do fator Rh no sangue: essas pessoas foram denominadas Rh-.
Os indivíduos portadores de sangue Rh não possuem, normalmente, as aglutininas anti-Rh. No entanto, quando recebem sangue Rh+, tornam-se capazes de produzir essas aglutininas. Como a produção de aglutininas ocorre de forma relativamente lenta, ao se fazer transfusão de sangue de um doador Rh+ para um receptor Rh-, não deverá ocorrer a aglutinação das hemácias doadas. Mas uma segunda transfusão de sangue Rh+ poderá provocar a aglutinação das hemácias doadas, uma vez que as "novas" aglutininas produzidas, juntamente com as "antigas" (resultantes da primeira transfusão), podem perfazer uma quantidade suficientemente alta para promover a aglutinação das hemácias do doador. Em conseqüência disso, capilares sangüíneos podem ser obstruídos e levar o receptor á morte
Doadores e receptores universais
Analise o esquema abaixo, que mostra indicadas pelas setas, as transfusões possíveis quanto ao sistema ABO:
Observe que o grupo sangüíneo O pode ser doado para todos os grupos existentes (O, A, B, AB); por isso, os indivíduos portadores de sangue O são denominados doadores universais. Chamamos a atenção para o fato de que o grupo O não pode receber sangue de nenhum outro grupo: só pode receber do próprio grupo O. O grupo AB, por sua vez, pode receber sangue de qualquer outro; dai os indivíduos pertencentes a esse grupo serem denominados receptores universais.
Sistema ABO
Voltemos, então, a considerar o sistema ABO. No sangue humano, mais especificamente nas hemácias, podem ser encontradas duas proteínas denominadas aglutinogênios A e aglutinogénios B, responsáveis pela determinação do fenótipo sangüíneo. O plasma sangüíneo, por sua vez, pode abrigar outras duas proteínas denominadas aglutininas anti-A e aglutininas anti-B.
Acontece que, num indivíduo normal, não é possível a existência de aglutinogênios e aglutininas de mesmo nome, uma vez que a ocorrência de ambas acarreta o desenvolvimento de reações do tipo antígeno X anticorpo. Assim:
· indivíduos pertencentes ao grupo de sangue tipo AB possuem aglutinogênios A e aglutinogênios B, mas são desprovidos de quaisquer aglutininas;
· indivíduos portadores de sangue tipo A possuem aglutinogênios A e aglutininas anti-B;
· indivíduos pertencentes ao grupo B possuem aglutinogénios B e aglutininas anti-A;
· indivíduos do grupo O, finalmente, possuem aglutininas anti-A e aglutininas anti-B, sendo, portanto, destituídos de quaisquer aglutinogênios.
Transfusão
Para efeito de transfusão, é considerado que pacientes Rh positivos podem tomar sangue Rh positivo ou negativo, e que pacientes Rh negativos devem tomar sangue Rh negativo.
Para os pacientes D fraco, existem alguns critérios a serem observados. Se o antígeno D está enfraquecido por interação gênica, estando o mesmo presente integralmente, o paciente poderá tomar Rh positivo ou negativo. Porém nos casos em que o antigeno D está enfraquecido por ausência de um dos componentes, pode ocorrer produção de anticorpos contra o antigeno D na sua forma completa. Como rotineiramente, não identificamos a causa que leva a expressão enfraquecida do antígeno, acostuma-se a dar preferência a usar sangue Rh negativo para os pacientes Rh fraco. (1)
Existem situações clínicas onde é necessário avaliar o risco X benefício, e fazer outras opções. Neste momento é necessário o acompanhamento do hemoterapeuta.
Sistema Rh
Quando referimos que o indivíduo é Rh Positivo, quer dizer que o antígeno D está presente. O antígeno D foi o primeiro a ser descoberto nesse sistema, e inicialmente foi considerado como único. Além deste, foram identificados quatro outros antígenos C, E, c, e, pertencentes a este sistema. Após os antígenos A e B (do sistema ABO), o antígeno D é o mais importante na prática transfusional.
Em algumas situações podemos ter uma expressão fraca do antígeno D . Isso pode ocorrer por:
· Variações quantitativas que são transmitidas genéticamente
· Efeito de posição, sendo o mais conhecido o enfraquecimento do antígeno D quando o gen C está na posição trans em relação ao D
· Expressão parcial por ausência de um dos múltiplos componentes do antígeno D
Estes casos são chamados na prática de Rh fraco, e se refere ao que era conhecido anteriormente como Du.
Ao contrário do que ocorre com os antígenos A e B, as pessoas cujos eritrócitos carecem do antígeno D, não tem regularmente o anticorpo correspondente. A produção de anti-D quase sempre é posterior a exposição por transfusão ou gravidez a eritrócitos que possuem o antígeno D. Uma alta proporção de pessoas D-negativas que recebem sangue D-positivo produzem anti-D.
Se encontramos um anticorpo deste sistema podemos concluir que ocorreu uma imunização através de uma transfusão ou de uma gravidez. Qualquer antígeno deste sistema é capaz de provocar a produção de anticorpos, e assim a gerar situações de incompatibilidade.
Aloimunizações contra antígenos E, c, e, C são também observadas em pacientes politransfundidos, mas com uma freqüência inferior.
A maioria dos casos de Doença Hemolítica do Recém-Nascido (DHRN) é devida ao anti-D. A profilaxia por imunoglobulinas anti-D diminuiu o número de aloimunizações maternas contra o antígeno D, mas não contra E, c, e, C
Na rotina, é realizada a tipagem, apenas, para o antígeno D nesse sistema. Os outros antígenos (E, C, c, e), são determinados em situações onde ocorre incompatibilidade, e é necessário obter sangue que não possuam algum desses antígenos.
A produção de anticorpos contra estes antígenos ocorre de forma semelhante a produção de anti-D. A capacidade de provocar a produção de anticorpos destes antígenos varia. Partindo do mais imunogênico, temos D > c > E > C > e.
A classificação sanguínea
A determinação do grupo sanguíneo deste sistema, é feito usando dois tipos de teste.
1o – Através da identificação da presença de antígenos nos eritrócitos, usando reativos compostos de anticorpos conhecidos (anti-A, anti-B, anti-AB). Esta é a chamada classificação ou tipagem direta .
2o – Através da identificação da presença de anticorpos no soro/plasma usando reativos compostos de antígenos conhecidos (hemácias A e hemácias B). Esta é a classificação ou tipagem reversa
Regularmente as pessoas expostas a um antígeno que não possuem, podem responder com a produção de um anticorpo específico para este antígeno. Entretanto, há alguns antígenos que possuem uma estrutura que se parece muito com antígenos de bactérias e planta, aos quais estamos constantemente expostos. Nestes casos, ocorre a produção de anticorpos a partir do contato com as bactérias e plantas, e não ao antígeno eritrocitário.
Neste grupo encontramos os antígenos do sistema ABO. Por este processo, os indivíduos com idade superior a seis meses, possuem o anticorpo contra o antígeno que não tem, pois já foram expostos a essas bactérias e plantas, através da alimentação. Estes anticorpos são chamados de isoaglutininas ou aglutininas naturais.
Observando o quadro acima podemos perceber a presença dos antígenos e anticorpos em cada grupo sanguíneo. É nesta presença ou ausência de antígenos e anticorpos que se baseia a tipagem sanguínea e a escolha do sangue a ser transfundido.
As transfusões podem ser:
· Isogrupo – quando doador e receptor são do mesmo grupo ABO
· Heterogrupo – doador e receptor são de grupo sanguíneo diferente
A escolha do sangue se baseia em que o indivíduo não pode ser transfundido com um sangue que possua um antígeno que ele não tem, pois o anticorpo presente no seu plasma, contra esse antígeno, iria reagir com essas hemácias transfundidas. Em vista disso e observando o quadro acima, fica claro que um indivíduo do grupo A não pode tomar sangue B e assim por diante.
Sempre que possível deve se transfundir sangue isogrupo, pois se por exemplo, transfundimos um sangue do grupo O a um paciente do grupo A, junto com as hemácias transfundidas temos uma quantidade de plasma onde há anticorpo anti-A, que poderá reagir com as hemácias deste paciente causando um grau de hemólise maior ou menor, mas que poderá ter um significado a depender do quadro clinico do paciente. Cada caso deve ser analisado pelo hemoterapeuta .
Este sistema ABO, também pode ocasionar incompatibilidade materno-fetal, com desenvolvimento da doença hemolítica peri-natal. Apresenta também importância em transplantes renais ou cardíaco, com menor papel nos hepáticos ou de medula óssea. Em alguns processos pode ocorrer a perda parcial do antígeno A ou B, como em algumas leucemias.
Os grupos sanguíneos
Foi no século XX que a transfusão de sangue, adquiriu bases mais científicas. Em 1900 foram descritos os grupos sanguíneos A, B e O por Landsteiner e em 1902 o grupo AB por De Costello e Starli. A descrição do sistema Rh foi posterior (1940), por Landsteiner e Wiener.
Os grupos sanguíneos são constituídos por antígenos que são a expressão de genes herdados da geração anterior. Quando um antígeno está presente, isto significa que o indivíduo herdou o gene de um ou de ambos os pais, e que este gene poderá ser transmitido para a próxima geração. O gene é uma unidade fundamental da hereditariedade, tanto física quanto funcionalmente.
Há vários grupos sanguíneos herdados independentemente entre si.
São conhecidos diversos sistemas de grupo sanguíneos.
Entre eles podemos citar os sistemas ABO, Rh, MNS, Kell, Lewis, etc. O sistema ABO é o de maior importância na prática transfusional por ser o mais antigênico, ou seja, por ter maior capacidade de provocar a produção de anticorpos, seguido pelo sistema Rh.
Os antígenos deste sistema estão presentes na maioria dos tecidos do organismo . Fazem parte deste sistema três genes A, B e O podendo qualquer um dos três ocupar o loco ABO em cada elemento do par de cromossomos responsáveis por este sistema.
Os genes ABO não codificam diretamente seus antígenos específicos, mas enzimas que tem a função de transportar açúcares específicos, para uma substância precursora produzindo os antígenos ABO.
O indivíduo do grupo AB é possuidor de um gene A e de um gene B, tendo sido um herdado da mãe e o outro do pai. Ele possui nos seus glóbulos vermelhos os antígenos A e B, seu genótipo é AB.
No caso do grupo O, foi herdado do pai e da mãe o mesmo gene O. O gene O é amorfo, isto é, não produz antígeno perceptível. As células de grupo O são reconhecidas pela ausência de antígeno A ou B. Quando o gene O é herdado ao lado de A, apenas o gene A se manifesta; e se é herdado ao lado do gene B apenas o gene B se manifesta.
Ao realizarmos os testes rotineiros em laboratório, não podemos diferenciar os indivíduos BO e BB, e nem AO e AA. Os símbolos A e B, quando nos referimos a grupos, indicam fenótipos, enquanto que AA, BO etc. são genótipos
É dito homozigótico quando o indivíduo é possuidor de genes iguais (AA, BB, OO), e heterozigótico quando os genes são diferentes (AO, BO, AB).
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