domingo, 15 de setembro de 2013
Por que os pombos e galinhas andam balançando a cabeça?
não somente galinhas e pombos balançam a cabeça enquanto andam. Este é um comportamento característico apenas das aves que andam regularmente no chão. Aquelas aves que voam com frequência, como aves marinhas, andorinhas e beija-flores não tem este balanço quando precisam se locomover pelo chão. Ao contrário das “aves de chão”, essas aves se locomovem em pequenos saltos.
Alguns pesquisadores acreditam que os movimentos para frente e para trás da cabeça são sincronizados com os movimentos das pernas. Quando ambos os pés se encontram em contato com o solo, o centro de gravidade da ave é na sua parte caudal, ou seja, mais para trás do que para frente. Quando um dos pés se locomove para frente, inicia-se uma oscilação no centro de gravidade. Nesta etapa da locomoção, é necessário um impulso. A cabeça vai para frente, o que resulta na mudança do centro de gravidade de trás para frente e quando a cabeça volta, o centro de gravidade retorna para trás. Isto sugere que a função do movimento da cabeça é deslocar o centro de gravidade dando o impulso necessário para a caminhada, sem que a ave se desequilibre para frente ou para trás durante o processo. Para estes especialistas, o movimento da cabeça das aves de solo pode ser comparado aos movimentos dos braços nos seres humanos, ou seja, é ele que dá estabilidade e equilíbrio.
Mas, outros cientistas acreditam que o movimento para frente realmente é um impulso, mas o movimento para trás é apenas uma ilusão. Isso mesmo! Na verdade, essa teoria defende que a cabeça das galinhas, pombos e outros vão para frente a fim de impulsionar a caminhada, neste momento o corpo todo está para trás. Quando a cabeça parece ter ido para trás, na verdade é o corpo que veio para frente dando a impressão de que a cabeça foi para trás. Mas não foi! O mais curioso é que para fazer este estudo, colocaram uma pobre galinha para andar em uma esteira por horas até chegarem a esta conclusão.
Lagarta esperta imita cocô de passarinho para não ser devorada!
Não tá fácil para ninguém! Para estar segura durante parte da sua fase larval a lagarta de borboleta da espécie Papilio xuthus se passa por cocô de passarinho. Não é piada não! Em uma espetacular estratégia de sobrevivência esta lagarta mimetiza fezes com tanta perfeição que até mesmo para os humanos fica difícil distingui-la de um cocô. É difícil imaginar um disfarce mais eficiente que esse para evitar virar comida de pássaro.
Do primeiro ao quarto instar larval o corpo da Papilio xuthus exibe uma coloração preta intercalado com branco, além disso, o corpo parece irregular e com grumos, tal como um cocô de passarinho espatifado. Ela não faz nenhuma questão de se esconder durante estas fases, só quando muda para o quinto instar é que assume uma cor verde muito parecida com o tom encontrado nas folhas da sua planta hospedeira, nesta fase, ou invés de mimetismo, elas utilizam uma estratégia críptica, ou seja, de camuflagem… Aí sim, fica difícil encontrá-la.
Para controlar sua aparência de cocô elas usam o “hormônio juvenil”. Enquanto está nos primeiros instares, o hormônio juvenil age em seu organismo, proporcionando o disfarce perfeito. Quando tal hormônio para de atuar, ela sofre uma muda de pele (ecdise) e aí assume sua forma críptica. Em experimentos realizados por biólogos japoneses, eles trataram as larvas nos primeiros instares com o hormônio juvenil e mesmo quando ela deveria trocar de aparência elas se mantiveram parecidas com titica de passarinho ou invés de se tornarem verdes. Ou seja, na presença do hormônio ficam parecidas com cocô, sem ele, elas se tornam verdes.
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